"— Começou porque na véspera houve uma espécie de ensaio que era uma coisa linda! — continuou ironicamente a senhora de Guermantes. — Imaginem que ela dizia uma frase, ou nem sequer isso, um quarto de frase, e parava; não dizia mais nada, e olhem que não estou a exagerar, durante cinco minutos.
— Ena, ena, ena! — exclamou o senhor de Argencourt.
— Com toda a delicadeza deste mundo permiti-me insinuar que aquilo talvez fosse causar algum espanto. E ela respondeu-me textualmente: «É sempre preciso dizer uma coisa como se estivéssemos nós a compô-la.» Se pensarem bem, é monumental, esta resposta!
— Mas eu julgava que ela não era má a dizer versos — disse um dos dois rapazes.
1 comentário:
Proust é lacónico e inócuo.
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