My girlfriend always laughs during sex - no matter what she's reading
"Faz parte da natureza das bibliotecas tornarem-se um espelho do seu proprietário. E quem as saiba «descodificar com subtileza» encontrará nelas, mais ou menos escondida, a «natureza profunda do seu bibliotecário»."
22 comentários:
Marco
disse...
hm, a biblioteca de um indivíduo, permite-nos perscrutar-lhe a alma, pelo menos a alma literária.
Que tal Jack Kerouac, nunca li, é interessante notar que o Moby Dick, de Herman Melville que eu comecei a ler há cerca de 15 anos só tinha o volume I, portanto fiquei sem poder concluir a história de Ahab, e a sua obsessão por Moby Dick.
Agora ando a ler, a Clash of Kings de Geroge R.R. Martin. Aconselho, e você em que repousa o seu olhar literáriamente falando?
Repouso o meu olhar nos mesmos há muito tempo - Livro do desassossego e Em busca do tempo perdido vol II. Li entretanto o "Diary of a Nobody" - George Grossmith, para desenjoar (li em versão pdf imprimido eheh falta aqui esse nas fotos, é um livro na mesma)
hm, já arranjei uma cópia do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa, e outra de Marcel Proust. Emito opinião assim que me inebriar nos mesmos. Já agora, quais são os seus favoritos?
Há um, do Jerome K. Jerome, que acho ainda mais engraçado do que "Três Homens numa Bicicleta". É o impagável "Três Homens num Bote (Sem Falar no Cão)». Já leu? Não está ali, pois não? É um imprescindível clássico do humor inglês.
Os três homens num bote estão ao lado dos três homens na bicicleta eheh Li, é o meu preferido de humor. As encadernações são do Decameron. Quando podemos ver a biblioteca do bibliotecário:leitor?
É interessante, tinha ficado com a impressão latente de que a exposição dos livros, tinha como objectivo forjado no ego, oculto, primitivo e irracional conhecer as bibliotecas dos leitores, e assim permitir completar um pouco do puzzle do(s) que se encontra(m)atrás do ecrã.
Porém mas do que conhecer a biblioteca, conheçamos o que elaborei hoje, texto feio, sem pretensões literárias escrito em 20 minutos, após ter lido 50 páginas do livro do desassossego.
Dizer que gosto de quem me magoa. É estranho sabes porquê?
Porque eu tento, juro que tento, ou por um sentido intrinsecamente erguido dos meus valores morais arcaicos, poeirento e defunto, mas presente, relevador de que devo lutar por quem gosto.
De que devo lutar por quem amo, nota bem esta frase foi aqui inserida com o propósito de guardar na sua cápsula o: Amo-te!, mas assim que a escrevo, assim que a alcanço perco-lhe a magia, já não brilha a manhosa. Tal como todos os objectivos alcançados é suplantada, é preciso mais, mais sonhos para alcançar, vítima de uma mania egotisticamente doentia, mais vivências inalcansáveis, desejos que são irrealizáveis, e assim se alimenta a alma humana.
De Sonhos. Não sei, sinceramente, não sei que mais fazer, a não ser atribuir-te o silêncio, não vês o que sinto porque estás enevoada, mas sabes quem sou, sabes em que base repousa o meu coração.
E ao conheceres-me tão bem, também isso é sinónimo de aproximação e simultaneamente de afastamento.
Sabes quais os edifícios colapsados que habitam no meu interior, os monstros de dentes afiados, os demónios que se empoleiram no escuro e que de quando em vez assomam à consciência e por receares, por teres medo escolhes ficar no teu canto, sem ergueres um dedo, ou direccionares a tua voz para mim, acalmando-me no processo. Selada na cela da tua idade, imersa na visão eminentemente romântica da vida, inebriada com ruído e sonhos, destruirás alguém.
E esse alguém lutou, esforçou-se, virou-se contra si próprio, e esse alguém chorou, à tua frente, sem que dos seus olhos tivessem corrido lágrimas, um tipo particular de tristeza, mais profunda, mais primitiva sequer do que o bebé que é arrancado do ventre.
E assim ponderando em me ir embora desta cidade, afastar-me do ar que te circunda, da vida que pulsa em ti, tento afogar os pedacinhos de ti que sobrevivem em mim, horrorizado ante o meu reflexo nas águas onde o faço, de estômago revoltado e dor lancinante localizada no peito, arrependo-me e antes de libertares o último fôlego expresso em oxigénio borbulhante.
Antes de te encerrar no esquecimento, de te deixar ser levada pelas correntes do rio para o pseudo-esquecimento, num rasgo de clarividência aldrabada que mais não revela o embelezamento de um artigo podre e enferrujado, atribuir-lhe um conceito de pureza, e acreditar que melhorará, raspar a película que se acumulou devido a brigas e choques de interesses, espero que me perdoes por ter erguido as mãos em redor do teu pescoço.
Metáforas, convém afirmar, não passam de figuras de estilo, cuja missão sagrada e objectivo concreto é: SALVAR, em vez de proseguir com o silêncio mutilador e castrador, decidi erguer-te da água e esperar que o tempo ou a vontade apague as marcas arroxeadas das mãos no teu pescoço.
E interrogo-me, porque o faço? Porque sou fraco de intenções? Parco em motivações, será que lá dentro do meu ser não sei, sabendo, que és o melhor para mim?
Que me reinventas? Que me desfazes os prédios semi-construidos com explosões controladas em pilares mestres, e forças os homenzinhos dentro de mim à penosa tarefa de me reconstruirem.
SEI e NÃO SEI, porque em tudo na vida este paradoxo se intromete, como um vírus totipotente que anula, massacra, desfaz e elimina as vacinas conjecturadas para o vergar.
E sonho, temendo que a noite em que acreditei que não seria abandonado se repita (Aeroporto), e me veja forçado, obrigado e irremediavelmente perdido dentro de um invólucro que não é bom o suficiente para ser amado.
E essa louca e vã esperança, é a derradeira onde me agarro, crendo cegamente que se erguer a mão e acreditar, por fé pura e por isso mesmo loucura, se a erguer, estarás lá.
Ergo-a, e erguida permanecerá até que o cansaço me obrigue a repousar o braço, movimento que sem sombra de dúvida activará um mecanismo de indole física que me levará a confrontar com o vazio do abismo e da perda.
O que é que o Paulo Coelho está aí a fazer???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
22 comentários:
hm, a biblioteca de um indivíduo, permite-nos perscrutar-lhe a alma, pelo menos a alma literária.
Que tal Jack Kerouac, nunca li, é interessante notar que o Moby Dick, de Herman Melville que eu comecei a ler há cerca de 15 anos só tinha o volume I, portanto fiquei sem poder concluir a história de Ahab, e a sua obsessão por Moby Dick.
Agora ando a ler, a Clash of Kings de Geroge R.R. Martin. Aconselho, e você em que repousa o seu olhar literáriamente falando?
Bom...excelente biblioteca! Inveja de não ter alguns títulos. :p
(coisa feia, a inveja)
uau, kiddo! tenho pelo menos metade dos teus livros
:)
(será que isso nos torna pelo menos metade da imagem recíproca num espelho?)
meu, muito bom :)
Folgo em saber que alguns títulos também constam da minha :) beijocas
Repouso o meu olhar nos mesmos há muito tempo - Livro do desassossego e Em busca do tempo perdido vol II. Li entretanto o "Diary of a Nobody" - George Grossmith, para desenjoar (li em versão pdf imprimido eheh falta aqui esse nas fotos, é um livro na mesma)
n sei se entrou o comentario.. q coisa! esta moda da moderação dos comentarios :(((
Gosto muito...principalmente dos MEUS!
hm, já arranjei uma cópia do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa, e outra de Marcel Proust. Emito opinião assim que me inebriar nos mesmos. Já agora, quais são os seus favoritos?
Miss Gui, só um livro é TEU, talvez para tapar o buraco do MEU que tens aí :p
Magnífico. Mas, se não me engano, consta ali uma trilogia de livros encadernados, cujo título não se lê. O que será?
Há um, do Jerome K. Jerome, que acho ainda mais engraçado do que "Três Homens numa Bicicleta". É o impagável "Três Homens num Bote (Sem Falar no Cão)». Já leu? Não está ali, pois não? É um imprescindível clássico do humor inglês.
Os três homens num bote estão ao lado dos três homens na bicicleta eheh Li, é o meu preferido de humor. As encadernações são do Decameron. Quando podemos ver a biblioteca do bibliotecário:leitor?
É interessante, tinha ficado com a impressão latente de que a exposição dos livros, tinha como objectivo forjado no ego, oculto, primitivo e irracional conhecer as bibliotecas dos leitores, e assim permitir completar um pouco do puzzle do(s) que se encontra(m)atrás do ecrã.
Porém mas do que conhecer a biblioteca, conheçamos o que elaborei hoje, texto feio, sem pretensões literárias escrito em 20 minutos, após ter lido 50 páginas do livro do desassossego.
I-
E apetece-me gritar bem alto.
Acordar esta casa em peso.
Dizer que gosto de quem me magoa. É estranho sabes porquê?
Porque eu tento, juro que tento, ou por um sentido intrinsecamente erguido dos meus valores morais arcaicos, poeirento e defunto, mas presente, relevador de que devo lutar por quem gosto.
De que devo lutar por quem amo, nota bem esta frase foi aqui inserida com o propósito de guardar na sua cápsula o: Amo-te!, mas assim que a escrevo, assim que a alcanço perco-lhe a magia, já não brilha a manhosa. Tal como todos os objectivos alcançados é suplantada, é preciso mais, mais sonhos para alcançar, vítima de uma mania egotisticamente doentia, mais vivências inalcansáveis, desejos que são irrealizáveis, e assim se alimenta a alma humana.
De Sonhos. Não sei, sinceramente, não sei que mais fazer, a não ser atribuir-te o silêncio, não vês o que sinto porque estás enevoada, mas sabes quem sou, sabes em que base repousa o meu coração.
E ao conheceres-me tão bem, também isso é sinónimo de aproximação e simultaneamente de afastamento.
Sabes quais os edifícios colapsados que habitam no meu interior, os monstros de dentes afiados, os demónios que se empoleiram no escuro e que de quando em vez assomam à consciência e por receares, por teres medo escolhes ficar no teu canto, sem ergueres um dedo, ou direccionares a tua voz para mim, acalmando-me no processo. Selada na cela da tua idade, imersa na visão eminentemente romântica da vida, inebriada com ruído e sonhos, destruirás alguém.
E esse alguém lutou, esforçou-se, virou-se contra si próprio, e esse alguém chorou, à tua frente, sem que dos seus olhos tivessem corrido lágrimas, um tipo particular de tristeza, mais profunda, mais primitiva sequer do que o bebé que é arrancado do ventre.
E assim ponderando em me ir embora desta cidade, afastar-me do ar que te circunda, da vida que pulsa em ti, tento afogar os pedacinhos de ti que sobrevivem em mim, horrorizado ante o meu reflexo nas águas onde o faço, de estômago revoltado e dor lancinante localizada no peito, arrependo-me e antes de libertares o último fôlego expresso em oxigénio borbulhante.
Antes de te encerrar no esquecimento, de te deixar ser levada pelas correntes do rio para o pseudo-esquecimento, num rasgo de clarividência aldrabada que mais não revela o embelezamento de um artigo podre e enferrujado, atribuir-lhe um conceito de pureza, e acreditar que melhorará, raspar a película que se acumulou devido a brigas e choques de interesses, espero que me perdoes por ter erguido as mãos em redor do teu pescoço.
Metáforas, convém afirmar, não passam de figuras de estilo, cuja missão sagrada e objectivo concreto é: SALVAR, em vez de proseguir com o silêncio mutilador e castrador, decidi erguer-te da água e esperar que o tempo ou a vontade apague as marcas arroxeadas das mãos no teu pescoço.
E interrogo-me, porque o faço? Porque sou fraco de intenções? Parco em motivações, será que lá dentro do meu ser não sei, sabendo, que és o melhor para mim?
Que me reinventas? Que me desfazes os prédios semi-construidos com explosões controladas em pilares mestres, e forças os homenzinhos dentro de mim à penosa tarefa de me reconstruirem.
SEI e NÃO SEI, porque em tudo na vida este paradoxo se intromete, como um vírus totipotente que anula, massacra, desfaz e elimina as vacinas conjecturadas para o vergar.
E sonho, temendo que a noite em que acreditei que não seria abandonado se repita (Aeroporto), e me veja forçado, obrigado e irremediavelmente perdido dentro de um invólucro que não é bom o suficiente para ser amado.
E essa louca e vã esperança, é a derradeira onde me agarro, crendo cegamente que se erguer a mão e acreditar, por fé pura e por isso mesmo loucura, se a erguer, estarás lá.
Ergo-a, e erguida permanecerá até que o cansaço me obrigue a repousar o braço, movimento que sem sombra de dúvida activará um mecanismo de indole física que me levará a confrontar com o vazio do abismo e da perda.
ERGO-A e espero... que não desistas de mim.
O livro do desassossego em mim tem efeitos um bocado diferentes, mas semelhantes em intensidade. Já pensei em parar de o ler, mas temos de ser fortes.
faz outro texto depois das próximas 50 páginas e vem cá contar
os meus preferidos ainda são os que falo aí: http://tenhoestadoalerwhitman.blogspot.com/2011/07/questionario-proust.html
Excelentes títulos! Só podem ser o espelho da bibliotecária.
Alguns foram e continuam a ser uma referência para mim. :)
O que é que o Paulo Coelho está aí a fazer???????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????
omfg que idade eu tinha quando comprei o Paulo Coelho??????Pois, essa mesmo
e na altura gostei tanto
Tenho quase todos dos que estão aí 'a sério', mas o que acho piada é serem as mesmas edições.
Só me apetecer dizer: dá!
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