quinta-feira

Pessoas que me enviam textos e pedem por favor para eu os pôr aqui*

"Não há exercício intelectual que por fim não seja inútil. Uma doutrina filosófica ao princípio é uma descrição verosímil do universo; passam os anos e é um simples capítulo - quando não um parágrafo ou um nome - da história da filosofia. Na literatura, esta capacidade final é ainda mais notória. O Quixote - disse-me Menard - foi acima de tudo um livro agradável; agora é uma ocasião de brindes patrióticos, de soberba gramatical, de obscenas edições de luxo. A glória é uma incompreensão, e quiçá a pior."


A minha escolha para ilustrar este texto porque "oh pa é dificil pôr imagens para textos dos outros...neste momento estou a googlar apocaliypse now beggining technique. Procuro algo mas não sei bem o quê" - citei-me a mim própria. Acho que procurava o fade...


A escolha de Scavenger


* - Exactamente o oposto.

3 comentários:

Lúcio Ferro disse...

De qualquer modo, antes essa glória do que só porrada e mal-viver. Antes uma glória imbecil e até obscena do que glória alguma. Estou farto de palavras, palavras para trás, para a frente, pintadas de amarelo e de cor-de-rosa, ou tingidas de vermelho, palavras com e sem sentido, palavras furiosas ou meigas ou até infantis ou mesmo sábias e pois, claro, palavras que ninguém leu, que ninguém lerá e que até mesmo a mim, seu pai, não interessam absolutamente nada. Bom, tenho ali um Quixote traduzido pelo Aquilino Ribeiro e já não lhe meto o dente há algum tempo; até depois :)

Beatrix Kiddo disse...

"Words are cheap, the saying goes, they cost nothing"

gostei muito do D. Quixote, é um livro com um enorme número de palavras

josé luís disse...

ah, jorge luis...


(estava a procurar coisas de borges e vim dar aqui. e gostei)