sábado

Aquela puta da Bovary vai viver para sempre

"Sabe que, prestes a morrer, Flaubert gritou muito alto, alta voce: «Vou morrer como um cão e aquela puta da Bovary vai viver para sempre.» Isto é imenso, e ele tinha razão." 


Nunca li o livro Madame Bovary. O primeiro livro que li de Flaubert foi "Memórias de um Louco", depois li "A Educação Sentimental". Conhecia o Madame Bovary (de nome) há muitos anos, e no entanto o motivo porque fui ler estes dois livros de Flaubert foi porque "eram do autor de Madame Bovary", mas nunca li o Madame Bovary (e aqui repito-me). Saber que existe uma adaptação do livro com a Isabelle Huppert dá-me forças para continuar (continuar o que? Não consigo, depois de começar a frase daquela maneira, acabá-la de outra forma, é triste ser-se limitado na escrita e ainda mais triste confrontar-mo-nos com isso num caso de extrema necessidade como este) mesmo que depois o filme venha a ser uma desilusão como acontece na maior parte das vezes. 

Estive a reler o encontro entre George Steiner e António Lobo Antunes, na revista Ler. (Pus um excerto desse encontro neste post, back in the days.)

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