domingo

Anaïs Nin goes (more) wild

"Um quarto de hotel, para mim, tem uma implicação de voluptuosidade furtiva, fugaz. Talvez o facto de ter estado sem ver Henry tenha aumentado a minha fome. Masturbo-me com frequência, luxuriosamente, sem remorsos ou aversão posterior. Pela primeira vez sei o que é comer. Aumentei dois quilos. Fico cheia de fome, e a comida que como dá-me um prazer prolongado. Nunca antes tinha comido desta maneira profundamente carnal. Só tenho três desejos agora, comer, dormir e foder. Os cabarets excitam-me. Apetece-me ouvir música rouca, ver caras, roçar-me em corpos, beber um ardente Benedictine. Mulheres belas e homens atraentes despertam ardentes desejos em mim. Quero dançar. Quero drogas. Quero conhecer pessoas perversas, ser íntima delas. Nunca olho para caras ingénuas. Quero morder a vida e ser despedaçada por ela. Henry não me dá tudo isto. Eu despertei o seu amor. Que se lixe o seu amor. Ele sabe foder-me como mais ninguém, mas quero mais do que isso. Vou para o Inferno, para o Inferno, para o Inferno. Selvagem, selvagem, selvagem."

4 comentários:

Jamil P. disse...

Aliás, sabe como vai a Etta? As últimas notícias que tive do seu estado de saúde não eram nada boas...

Anónimo disse...

Interessante o "mais" do titulo, o comer e o foder e o hotel fugaz.

Beatrix Kiddo disse...

Por acaso não sei nada dela

Jamil P. disse...

Ela está muil mal, sofre de leucemia, alzheimer e demência. Desde de mail, quando foi internada, não tenho notícias.