A razão e os argumentos não conseguem lutar contra certas palavras e fórmulas. Elas são pronunciadas respeitosamente perante as multidões; e imediatamente os rostos assumem uma expressão submissa e as frontes se inclinam. Elas evocam nas almas imagens grandiosas e vagas, mas a própria falta de precisão que lhes atenua os contornos aumenta o seu poder sobrenatural. Podemos compará-las a essas terríveis divindades ocultas no tabernáculo, das quais o devoto se aproxima tremendo de medo.
(...)
É a necessidade de escravatura e não de liberdade que domina sempre a alma das multidões.
3 comentários:
Excelente post, Beatrix, informando-nos e nos levando à reflexão. Li A Psicologia das Multidões há muitos anos e aproveitei bastante; é uma obra clássica e sempre atual, assim como as duas outras, tão bem representadas no HQ.
interessante. Mas o Orwell falava desse controlo para as elites, elas eram castradas em tudo, por exemplo no sexo. Já o proletariado, a maioria da população, tinha outros benefícios. No 1984, o proletariado tinha direito a uma fábrica de pornografia em série por exemplo, o que vai muito de encontro ao huxley.
só li o admirável, (e também o regresso ao admirável), so many books so little time
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