“Os espinhos ainda latejavam na minha garganta, uma fusão astronómica de decibéis adormecia ainda as grutas finalmente coloridas das minhas fontes auditivas. O álcool não era temor para toldar toda aquela aprendizagem que os meus sentidos acabavam de incorrer. Não fosse a ínfima e sublime catarata que gela peles rosadas escaldadas pelo sol de Agosto; a desordem de toalhas e livros espalhados pelos rostos de atentos (mas nem sempre presentes) seguidores das palavras, que sem refreio, vão sendo alfabetizadas ora pela alma do poeta, ora pelo sopro livre do saxofone; o pequeno riacho que divide geograficamente essa pequena – mas cada vez mais – Península Ibérica de campistas, qual Rio Tejo; a cáustica escalada da parede que nos põe dez metros mais próximos do Sol para nos podermos guiar pela inocente vila de Coura; e o saudoso regresso que nos impele inconscientemente em rappel parede abaixo para esse microcosmos de suave e curioso burburinho, todo ele condensado nesse verde anfiteatro onde o sol se põe tarde… de meiguinho.”
Não fosse tudo isto e tudo o mais que virá atrás destes dois pontos não seria realidade: “Como sabe bem, quase uma semana depois, chegar a casa e sem voz que nos faça ouvir e ouvidos que nos façam falar, guardemos para nós apenas as memórias do que realmente por dentro ficou…”
Dois dos favoritos
Fazer um vídeo destes numa próxima, mas com 20 minutos de duração e pausas a meio para comer e beber água
2 comentários:
Boa onda!
Bom som!
:)
Topshop e não há em Portugal, pelo menos, por enquanto -.-
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